Apesar da demora, reconhecimento biométrico permanecerá no 2º turno

Foto: Jean Pimentel (Arquivo/Diário)

Muitos eleitores estranharam as longas filas que se formaram em frente às seções eleitoral, no domingo, em Santa Maria. Há relatos de pessoas que esperaram mais de 40 minutos para conseguir votar. A demora tem um motivo: o reconhecimento biométrico do eleitor. Apesar das filas, o procedimento seguirá o mesmo para o segundo turno. 

Nas últimas semanas, o Instituto Geral de Perícias (IGP) repassou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) os dados e as impressões digitais de cerca de 1,4 milhão de eleitores gaúchos que não tinham feito o cadastramento biométrico. Por isso, mesmo quem não tinha feito o recadastramento, precisou registrar as digitais antes de votar.

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O problema foi a demora no reconhecimento, já que cada eleitor tinha quatro tentativas para que o aparelho reconhecesse as digitais. Mesmo quem não teve a identidade detectada pela biometria, pode votar normalmente. Porém, as várias tentativas acabaram gerando longas filas.

- Realmente nós comunicamos o procedimento de forma tardia, porém o objetivo foi de acelerar todo o processo de cadastramento. Se, por um lado, ganhamos na segurança, por outro, precisamos de mais tempo - salienta o secretário de tecnologia da informação do TRE, Daniel Wobeto.

Apesar de o sistema ter reconhecido boa parte do eleitorado que não tinha feito o recadastramento biométrico, na prática, nada muda. Quem ainda não fez o recadastramento, terá que fazer nos prazos que irão ser divulgados pela Justiça Eleitoral.

- Nosso objetivo foi acelerar o recadastramento, além, é claro, de dar mais segurança ao processo. Porém, todos que não fizeram o recadastramento biométrico, precisarão fazer, porque a Justiça Eleitoral precisa coletar mais dados do que foi passado pelo IGP - afirma Wobeto.